
Nunca te conheci nem nunca te vou conhecer.
Conheço só o que dizem de ti. Fala-se de ti, falou-se muito em ti…
Ficaste na história amigo!
Acho que sinto pena por não te ter conhecido, só acho.
Não estou assim muito certo quanto a isso. Será que alguma vez vamos estar certos? Será que alguma vez estamos interessados e predispostos em querer conhecer o que não conhecemos? Querê-lo mesmo, sem reservas, sem receios, querê-lo, e em plena comunhão, abraçar o que não sabemos ser e sem passo atrás, sem remédio, sem desculpa, aceitamos….
Conheces os riscos de não se ter medo?
Sabes quanto assustadora podes tornar a tua vida só porque numa fracção de segundo não tiveste medo?
Tens medo? Quando o tens?
Controla-te.
Controle.
Controlar o quê?
Que tem controle?
Que pudemos nós, simples, fracos e solitários homens controlar?
Esquece o controlo, esquece o medo, esquece-te de ti!
Acho que gostava de te conhecer. Mas decerto que serias tão diferente de tudo aquilo que imaginei seres. Quem me diz que não te ia considerar um banal ser se tivesse vivido Manchester desses dias? Quem me diz que não és mais um vulgar ser que se agarrou à sua voz? Ninguém o diz. Talvez ninguém possa mesmo dizê-lo. Talvez nunca possas ser um vulgar, um banal, talvez nunca podes ser apenas alguém de voz inquietada e inquietante, talvez tenhas que ser um pouco mais, ser apenas um pouco mais que isso. Quem dera puder conhecer-te!
Quem te terá conhecido? Alguém alguma vez terá chegado a ti? E tu a quem te terás dado? Alguma vez te deste? Quem eras tu Ian?
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