domingo, 21 de junho de 2009

A Mor(ena) de Mar

Se chegasses de novo e me contasses novamente,
A certeza que tudo isto não passa de comédia,
Já nem era riso a vontade que minha boca ia ter.
Pois já nos rimos a mais,
Já tonteámos em vez,
Já rodopiámos ao invés,
Mas se caímos sempre de pés,
Não vale a pena
O esforço de recordar.

Opacos e perdidos astros,
Iluminam, presentes e novos caminhos avessos.

E a estrela que te viu pela primeira vez,
Tão brilhante quanto invisível,
Descubro agora,
Escondeu a noite chuvosa que inundou a margem.
Na noite em que
Fomos nós as pontes,
Noite em que
Só no teu olhar,
Se erguia o seu único pilar.

Na pele morena daqueles dias,
Cresceram prados verdejantes de esperanças loucas,
Floriram sonhos lentos e coloridos,
E as primaveras,
Nunca mais deixaram de ser só tu!

Diluídos traços
Teimam em cicatrizar,
E tu vens e vais,
E não ficas,
E vens e vais,
E não estás,
Vens e vais
E foste!

Nenhum comentário: