quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ressaca

Os sinais que tens,

Teus,

Que fazes,

Meus,

Todos no preciso, contemplado e exacto lugar (tempo)

Onde eles nasceram,

Enfeitiçam-me de morte,

Arrepiam peles,

Esfolam sentires,

E nos meios,

Em todos os meios,

Já perdido,

Mordem-se lábios,

Lambem-se sangues,

Lambuzam-se os gostos todos no arco-iris,

E os palatos,

Voadores,

As renites ,

Mentais,

E os afins dos fins,

Suam como cavalos corridos

Embebidos em vinho a funil,

Reconduzidos,

Ou induzidos,

Nas fontes do vice-versa.

Pelos sinais,

Os teus,

Imaginados a precisos lugares,

Viro louco e deixo de ser,

Difuso e deixo crer,

Evito as evidências em vida,

Vou em frente,

Venho atrás,

Não tenho passado,

Esqueço o futuro,

Perco presente.

Sou, não-sou,

Pisco,

Piriplampo-estou...

Um comentário:

Jane disse...

estou apaixonada pelas palavras que de ti saem, para meu deleite, e de quem as lê...